ESTA COISA CHAMADA SOLIDARIEDADE.

Imagem do google.

Não por acaso, estive procurando postagens que falassem sobre  solidariedade.
A primeira busca, claro, no nosso "amigo" Google, mostrou-me o impressionante número de 300.100.000 resultados.

Nem que tivesse todo tempo do mundo eu poderia verificá-los.
Optei por escolher dentre alguns blogs e, por intuição ou iluminação (sim, eu acredito!) a primeira frase que li foi esta: "A solidariedade é a certeza da presença de alguém, tomando chuva com você, ainda que nada ganhe com isso, só para fazer, pela conversa, o sangue continuar circulando e prolongar sua resistência. Solidário é companheiro de chuva" 
Esta frase, que mexeu comigo,  está no blog de um homem chamado Sérgio Freire, Mestre em Letras e Doutor em Linguística, natural de Manaus e que  "acredita  num mundo melhor, embora racionalmente tudo indique outra coisa". Segunda frase, que me deixou mais pensativa ainda.
O motivo que me leva a falar sobre essa união de forças para seguir ou ajudar alguém a seguir em frente é exatamente a chuva. Tem sido a partir das temporadas de enchentes e desabamentos que o Blog Solidário tem sobrevivido. Não por sobreviver, ou para manter suas idealizadoras em evidência, mas porque todos que dele participam, comentam, colaboram, acreditam em um mundo melhor - apesar dos indícios contrários - e sabem, consciente e racionalmente, que o mundo pode melhorar se as pessoas forem melhores.
Não discuto temas controversos: religião, política e até futebol, são assuntos particulares, só discuto comigo mesma, por esse motivo, não me atenho à atuação deste ou daquele governo e/ou governantes. Eu sinto, com o coração, como o meu próximo está agora, ou esteve sempre, necessitando de um movimento meu em sua direção, para não somente tomar chuva com ele,coisa que a idade nem me permite mais - uma infecção na terceira idade pode ser fatal - mas para, depois da chuva, arrecadar alguns itens, e até - por que não? - algum dinheiro para que ele possa resgatar a sua dignidade. Dignidade esta, que eu vi, no início do ano passado, ser jogada junto com a lama, dentro de um caminhão frigorífico, daqueles de carregar gado morto.
No Rio de Janeiro, após o deslizamento das encostas, muitas pessoas tiveram que procurar seus parentes numa pilha de corpos que não cheiravam bem.

Isto me preocupa.
E me preocupa também, a mãe que não tem onde receber seu filho, recém nascido, porque a enxurrada levou quase tudo. E o pai que trabalhou anos e anos para fazer alguns cômodos na encosta - porque não tem condições de fazê-los em outro lugar, e o barranco cai e leva o pouco que tinham.
E eu fico indignada também. Com a falta de oportunidades, com a ausência de escolas, com a negligência das autoridades, com o desvio de verbas... tanta coisa... seria preciso muito tempo para falar de tudo.
Eu me aborreço, e me aborreço muito, quando alguém que eu sei que pode ajudar, não se anima a fazer nenhum gesto. Nem ao menos usar o pc para divulgar uma campanha. Tudo bem, não quer ajudar, não ajude... não pode doar, não doe... mas dê a chance para alguém, divulgue!
Ame!!!
"Solidariedade, sem dúvida, é amor. E do tipo mais nobre. Do tipo mais inesquecível. Do tipo mais admirável." 
Espero vocês. Bjks. Neli Alves