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terça-feira, 17 de abril de 2012

Mais uma vez, solidariedade.

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Acabo falando sobre isto. De novo...
Mas, ouvi uma espécie de censura, discreta, através de uma amiga que estava preocupada com o assunto. 
Nós, a amiga e eu, estamos sempre procurando ajudar alguém, através dos nossos blogs, flickrs e outras redes sociais. Já deu para perceber que tem gente que não nos aprova e outras que ignoram nossas campanhas, não porque não querem ou não podem colaborar, mas porque acham que o assunto diz respeito ao poder público. Eu também acho, com certeza.
Impostos e taxas altíssimos, porcentagens pré-direcionadas para alguns serviços sociais, verbas destinadas à saúde, educação, moradia e não sei mais o quê... Entretanto, tem gente morando debaixo de ponte, morrendo de fome e frio, sem agasalho, sem teto, sem nada, e os que passam olham pro outro lado para não ver. 
Não sou de generalizar, mas gostaria de poder pesquisar quantos, diariamente, fazem alguma coisa para ajudar um morador de rua, um idoso esquecido em asilo, uma criança sem escola. Não sou melhor que ninguém, mas fui educada para colaborar. A casa da minha avó recebia diariamente várias pessoas que necessitavam ajuda e nunca a vi perguntar quem era, filho de quem, quantos anos tinha, por que não estava trabalhando e outras "cositas más". Se tinha comida, ela enchia um prato e pronto; não sobrava, ela fazia um sanduiche - que em casa sempre havia uma lata com carne na gordura, coisa de mineiros; quando não havia nada, ela -sempre laboriosa, nunca a vi sem um trabalhinho em mãos- dedicava alguns minutos do tempo para trocar uma meia duzia de palavras de apoio. Ninguém saia da nossa casa sem levar alguma coisa, nem que fosse o sorriso carinhoso da minha avó. Cresci, envelheci, mas nunca me esqueci das suas lições de cuidados com o próximo, não me preocupando com cor, religião, sexo, partido político, aliás, coisas que não me incomodam e se me incomodassem eu jamais falaria sobre isto. Afasto da minha vida tudo que não me faz bem. 
Deste modo, embora hoje em dia as coisas sejam mais difíceis, em razão da insegurança e da violência, sempre presentes, ninguém sai da minha porta sem um "carinho" que pode ser material e/ou espiritual. Não sei dizer não, pura e simplesmente. 
Reconheço que há casos e casos, que há pessoas que necessitam e pessoas que se aproveitam, mas sei também que a mim não cabe julgar. Quem finge estar necessitado para ganhar alguma coisa, vai se entender um dia  diretamente com o Grande Juiz: Deus! Jamais pensei em tomar o Seu lugar.
Que os órgãos públicos são os responsáveis por amparar os necessitados, isto também eu sei, não ralei tantos anos na escola, na faculdade, apenas para comer merenda... estudei muito, li muito, aprendi demais. E adquiri experiência, um ampla visão do mundo. Sei de entidades que "devem" prover o sustento, a saúde, a educação, de quem não tem meios próprios e não o fazem. Convivi com gente que recebia para um fim e utilizava em outro. Com gente que ganhava 20, 30, 40 vezes mais que um assalariado e gastava tudo em luxo, aparência, sem se preocupar com os "sem tudo": teto, roupas, família, remédios... Como já disse, a mim não cabe julgar. 
Procuro fazer a minha parte, colaborando com quem posso e da maneira que posso. Meus canais: blog, flickr, face, twitter, estão abertos aos pedidos de colaboração. Quando não posso colaborar, divulgo, faço campanhas, sorteios, brincadeiras, que atraiam mais pessoas para colaborar. Sinto-me feliz. Sou feliz assim.
E continuarei colaborando, porque apesar de tudo, acredito que mineiro é solidário, não só no câncer.
Aguardo vocês nas nossas campanhas. Bjks. Neli Alves

3 comentários:

  1. LInnda ...
    se mais pessoas fossem como vc , procuro fazer tbm minha parte ( 0000,1 por cento , não achei a tecla) e graças a Deus que vc e sua amiga e outros tantos não deixam de ajudar levando em conta o apoio de governo ... bjimmm iluminado

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  2. Querida Neli, que lição de vida! Tudo isso que você contou aqui me lembrou muito também minhas avós e tias. Sou mineira como você e aprendi também com elas a ser solidária e companheira. Minha mãe também sempre foi muito farta. Sempre vi minha mãe dividindo as coisas, ofertando o alimento aos que chegavam...Acho que isso é muito do mineiro, não é?
    Prazer em te receber! Obrigada pelo carinho sempre! Bjos e boa semana!

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  3. Neli concordo com quase tudo...só a parte de que é dever do poder público eu acho que volta para aquela coisa paternalista... e é função nossa sim ajudar, pois se cada um fizer o possivel em sua vizinhança, sua cidade - nunca existiriam pessoas vivendo em extrema pobreza.

    Hoje mesmo veio dois senhores com limitações visuais vender algo em meu portão não consegui ajuda-los (justo hoje estava de carteira vazia, sem uma moeda sequer) mas os recebi e fui cortês.. Mas fiquei com o coração apertado pois sei da dificuldade que é para essas pessoas conseguirem sobreviver.

    Mas na medida do possivel nem que seja dar atenção - que para alguns é tão dificil - já é uma doação.

    Criticar é fácil o dificil é por a mão na massa. Todos temos que fazer um pouco afinal é dando que se recebe. E é tão bom quando damos algo de coração aberto - pois a gratidão que recebemos nos faz muito bem.


    Abraços

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