Páginas

domingo, 15 de maio de 2011

ASSASSINAR A LÍNGUA PORTUGUESA É CRIME?




























Algumas coisas me deixam desnorteada. Uma delas é a mania de usar palavras estrangeiras no lugar do bom e velho português. Mas, como já está incorporado ao viver do brasileiro, deixa prá lá!
Propagandas e banners com erros? Já me acostumei. 
Agora, uma instituição pública, DE ENSINO, aprovar um livro didático que ensina a falar/escrever errado? Ah, isso é demais para mim e para muitos outros brasileiros.

Vejam o que diz uma das autoras do livro:

Uma das autoras do livro didático de língua portuguesa Por uma vida melhor, da coleção Viver, aprender, adotado pelo Ministério da Educação (MEC) para a Educação de Jovens e Adultos (EJA), nega que a obra ensine o aluno a usar a norma popular da língua. Nota da coluna Poder Online publicada na manhã desta quinta-feira mostra que o livro ensina aos alunos que é válido usar expressões, como “nós pega o peixe” ou “os menino pega o peixe”.
Para a autora Heloisa Ramos, apesar de ter um capítulo dedicado ao uso da norma popular, o livro não está promovendo o ensino dessa maneira de falar e escrever. “Esse capítulo é mais de introdução do que de ensino. Para que ensinar o que todo mundo já sabe?”.
Segundo Heloisa, que é professora aposentada da rede pública de São Paulo e dá cursos de formação para professores, a proposta da obra é que se aceite dentro da sala de aula todo tipo de linguagem, ao invés de reprimir aqueles que usam a linguagem popular. (Para ler na íntegra, vá ao portal ULTIMOSEGUNDO.IG

Escrever errado está certo e é correto falar errado, sustenta a obra aprovada pelo MEC.
 E só podem espantar-se com um medonho “Os menino pega o peixe” os elitistas incorrigíveis. “Muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e escrever tomando as regras estabelecidas para norma culta como padrão de correção de todas as formas linguísticas”, lamenta um trecho da obra. Por isso, o estudante que fala errado com bastante fluência “corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico”.

A isso foram reduzidos os professores que efetivamente educam: não passam de “preconceituosos linguísticos”.

“Não queremos ensinar errado, mas deixar claro que cada linguagem é adequada para uma situação”, alega Heloísa Ramos, uma das autoras da afronta. Em nota oficial, o MEC assumiu sem rubores a condição de cúmplice. “O papel da escola”, avisam os acólitos de Fernando Haddad, ” não é só o de ensinar a forma culta da língua, mas também o de combater o preconceito contra os alunos que falam linguagem popular”.

A professora Heloísa sentiu-se ofendida com a perplexidade provocada pelo assassinato a sangue frio da gramática, da ortografia e da lucidez. “Não há irresponsabilidade de nossa parte”, garantiu.
Há muito mais que isso. O que houve foi um crime hediondo contra a educação, consumado com requintes de cinismo e arrogância. O Brasil vem afundando há oito anos num oceano de estupidez. Mas é a primeira vez que o governo se atreve a usar uma obra supostamente didática para difundi-la.
Poucas manifestações de elitismo são tão perversas quanto conceder aos brasileiros desvalidos o direito de nada aprender até a morte. As lições de idiotia chanceladas pelo MEC prorrogaram o prazo de validade do título: a celebração da ignorância é um insulto aos pobres que estudam. (Na íntegra em: http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/)
E tente fazer seu filho entender que o bom e velho português ainda resiste aos ataques dos "exterminadores da língua". Bjks. 

9 comentários:

  1. aoi amiga
    tb fiquei super indignada quando vi nos noticiários-
    gente que horror - as crianças, adolescentes ,já estão falando errado e ainda o MEC permite isto??? e está ficando tão normal - ouvir nois vai pescar .... e muitas vezes não são pessoas que pode-se dizer não tiveram uma escola , acesso aos livros-
    conheço alguns bem de grana , mas que ficam o dia inteiro no msn, no video game, nunca leram um livro e tem orgulho de falarem isto-
    eu sempre corrigi meus filos, e tento me corrigir tb -
    está virando uma anarquia até a nossa lingua portuguesa -
    me lembro que tinha aula de caligrafia, e quando chegou a vez dos meus filhos comprei um caderninho tb - mas dai já tinha uma nova lei - a liberdade de expressão - concordo! mas ter letra bonita, tira a liberdade de expressão - é uma técnica que se aprende - gezuis ondenoisvaipará?
    bj
    lu

    ResponderExcluir
  2. Complicada essa situação, desta forma desposrganizam as abecinhas das crianças e o português que já é uma língua difícil, piora muito. Bjks

    ResponderExcluir
  3. Neli, eu já via as varias abordagens sobre esse livro e o que eu fico indignada é que a regra no ensino é clara, os livros didáticos apenas devem servir de auxilio ao professor e não como regra. Mas na realidade vemos professores desetimulados que fazem uso dos livros como regra. Quando fiz o Ensino fundamental (primário no meu tempo) o livro usado era fornecido pelo governo do Estado e os professores aplicavam várias tarefas que copiavamos do quadro sem utilizar o livro, hoje vc vê crianças tendo como tarefa de casa páginas 6,7,8.. Não se escreve mais, não são estimulados a copias e a ditados, exercicios fundamentais para o bom aprendizado. A escrita é treino e o falar bem, também.
    Cabe aí a população parar para pensar, pois está em projeto aumentar o nr. de horas na escola, temos as mais diversas matérias e no entando não estão ensinando o básico que é a matemática e o português, o restante deriva destas duas matérias e mais tempo com aulas de musica artes filosofia não trará beneficio algum, principalmente se os professores continuarem a seguir religiosamente os livros didáticos.
    Abraços

    ResponderExcluir
  4. Obrigada amigas, pelas visitas.
    Eu concordo com a Adelaide: para que aumentar o número de matérias, se as essenciais -português,matemática- estão sendo tão mal aproveitadas. Reforçar o ensino destas traria benefícios maiores.
    Ainda bem que minhas filhas estão criadas. Me preocupo com a neta. Enfim... Bjks

    ResponderExcluir
  5. Oi Neli, é a Vi,No Brasil é assim mesmo, já que não se investe na educação se regulamenta o analfabetismo
    Em todos os setores é assim, não se investe em nada!
    Todo dinheiro que entra dos impostos vai para os bolsos dos políticos e seus agregados, daí se explica como alguns ficam bilionários fazendo consultoria.
    Beijos,Vi

    ResponderExcluir
  6. Oi Neli, é a Vi,No Brasil é assim mesmo, já que não se investe na educação se regulamenta o analfabetismo
    Em todos os setores é assim, não se investe em nada!
    Todo dinheiro que entra dos impostos vai para os bolsos dos políticos e seus agregados, daí se explica como alguns ficam bilionários fazendo consultoria.
    Beijos,Vi

    ResponderExcluir
  7. Oie lindona!

    Esse erro grotesco acontece aqui na net, percebeu?

    já visitei muitas amigas, mulheres novas que infelizmente escrevem como falam.
    Tá ficando banal.

    Não dá para parar isso agora, as pessoas não querem mudar, querem cada vez mais abrir espaços para a ignorância, e isso se dá ao medo de abrir os olhos e ver o nosso futuro destruido.

    tem gente que prefere assim!

    Tô com vc nessa. A gente tem mais é que protestar mesmo.
    Fui a Maceió, e a maioria das pessoas falam errado, mas, reconheço que lhes faltou ensino!
    Mas, e a parte do executivos que tbm falam?

    Danou-se!!!!

    Nêga, um grande beijo para vc que é a minha lindona!

    ResponderExcluir
  8. E eu, assistindo tudo isso e pensando: o que será do futuro da minha filha? Ai, Jesus!

    Como diria D. Jura: "Né brinquedo não!!!"

    Beijo, Tia Neli! Bom final de semana!

    ResponderExcluir
  9. Obrigada meninas. As visitas de vocês me fazem feliz. Bjks a todas

    ResponderExcluir

Obrigada pela visita.Deixe o seu recadinho e eu responderei.

IntenseDebate Comments - Last 5